segunda-feira, 28 de abril de 2014

8 meses

Está uma fofa, só reclama quando tem sono ou fome. De resto, é só sorrisos e brincadeiras. Acho que passamos um período de muitas adaptações de uma vez só: a separação da mãe, a escola, a mamadeira, as novas comidinhas. Agora é só alegrias!

A mamadeira, a propósito, é um capítulo à parte. Passei um tempão decidindo se continuaria amamentando ou não. Quando eu finalmente decidi parar, cadê que ela quer tomar só mamadeira? Que nada! Na hora do aperto, do sono, da manha, ela só queria peito. Ah, e antes que me julguem, decidi, sim, parar de amamentar. Ela já estava com 7 meses e fico com a minha consciência tranquila, já que o aleitamento materno exclusivo foi até o 6º mês. Estava amamentando somente à noite, porque trabalho o dia todo e tenho pouco leite. Gostaria muito de seguir, pois vejo que esse momento é importante para a nossa relação. Porém, a dieta restritiva está muito difícil para mim. Pode parecer bobagem para quem lê, mas só quem passa isso na pele sabe como é. Mas já falei sobre tudo isso no post anterior...

Desmamamos no dia 10 de abril, Sara com exatos sete meses e meio.

Na primeira semana de abril começou com umas conversinhas novas, principalmente: papapapapapapa.... babababababa.... ééé, é. Na metade do mês já estava uma tagarela, mas a preferida era bababababa. Depois evoluiu para outras síladas, como tétété.

Com 7 meses e 14 dias, pela primeira vez ela dormiu 6h seguidas! Mas ainda bem que eu não me empolguei muito, porque o padrão não se repetiu.

Bateu palminhas! E deu tchauzinho. Do jeito dela, mas bateu. Totalmente sem coordenação. A gente bate palmas e canta e ela imita. O tchauzinho nada mais é do que um braço balançando para cima e para baixo. Aliás, está começando a imitar tudo o que a gente faz. É lindo e assustador. Um dia eu dei uma batidinha na mesa com a mão, ela olhou e bateu também.

Está usando fraldas M e roupas M e G.

Não brinca somente colocando os brinquedos na boca. Agora pega um em cada mão e bate um no outro. Também gosta muito de jogar os brinquedos no chão.

Teve a primeira gripe na semana anterior a completar 8 meses. Ficou muito enjoadinha, com febre, nariz escorrendo, olhinhos vermelhos, rouquidão e dor de garganta. Não tinha jeito de melhorar, levamos na pediatra e estava com uma infecção na garganta. Foi para o antibiótico e melhorou.

Por conta de estar doentinha, provavelmente perdeu peso. Com 8 meses, estava com 6,5 kg e 68,5 cm.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sobre o desmame

Como é sabido, a Sara tem APLV (alergia à proteína do leite de vaca). Enquanto amamentei, não podia ingerir nada que contenha leite ou derivados. Parece relativamente simples, mas não é.

Parar de ingerir leite propriamente dito ou leite condensado, creme de leite, requeijão é até relativamente fácil. O problema é quando você vai ao supermercado e, lendo os rótulos dos produtos, descobre que praticamente TUDO contém leite. Se não é leite, é margarina. Se não é leite, nem margarina, está escrito: Pode conter traços de leite. A dieta é mega restritiva. Prova disso é que fiquei mais magra do que antes de engravidar.

Estou falando tudo isso não para me colocar como vítima, apenas para tentar explicar as minhas decisões. Quero dizer que essa restrição toda foi um dos motivos - o principal, sim - para eu pensar em parar de amamentar. Ah, só para poder comer?? Perguntarão alguns. Pois é, me julguem.

O segundo motivo - não menos importante - foi garantir que a Sara não vai mais ingerir nenhum resquício de leite. Isso porque, durante esse tempo de dieta, praticamente quatro meses, ela ainda teve umas duas crises de cólicas. E ficamos nos perguntando o que diabos eu poderia ter comido para causar essa reação nela. E se ela tomar apenas a fórmula em pó (Pregomin), temos a garantia de que isso não irá mais acontecer.
Bom, foi assim, então, que começamos a operção desmame no início de abril. O que eu achei que demoraria algo em torno de um mês, levou menos de duas semanas. Parei de amamentar no dia 10 de abril, Sara tinha exatos sete meses e meio. Comecei diminuindo as mamadas, que já eram bem espaçadas desde que voltei ao trabalho. Os primeiros dias foram complicados. Ou melhor, as primeiras noites. Desde que voltei a trabalhar, estava amamentando apenas o período em que estava em casa com ela, ou seja, depois das 18h, até o outro dia de manhã. Mas como ela acorda a noite toda, ainda era bastante coisa. Então, comecei a itercalar, de madrugada, uma vez o peito, na outra mamadeira. Aconteceu foi que a coitadinha abriu o berreiro, não queria saber da mamadeira. Mas, depois, foi se acalmando. Às vezes ela até mamava um pouquinho e voltava a dormir.

Então comecei a dar o peito só para ela dormir e mais uma vez de madrugada. Depois passei a dar somente para ela dormir e ela já estava tomando bem a mamadeira. Então, 3 dias depois, parei de vez.

No primeiro dia que fui no supermercado, me senti em um parque de diversões. Eu podia comer o que eu quisesse! Não fiquei exatamente com pena da Sara por parar de dar o peito, como muitas pessoas dizem. Mas, senti, claro, já um saudadinha daqueles momentos tão bons. Por outro lado, me senti livre. Dona do meu corpo de novo. Poder escolher o que comer sem o peso da responsabilidade de estar nutrindo outro ser humano, seja na barriga, seja na amamentação. Que fique bem claro que eu adorei amamentar e amo sem explicação ser mãe. Mas faço parte daquele grupo de mães que não deseja que este seja seu único papel na vida. Então, sem culpa, sem dramas, iniciamos agora uma nova fase na minha vida e na da Sara.